“Capacitismo prejudica a saúde física e mental das pessoas com deficiência” – diz Ministério da Saúde

Não posso acreditar no que acabei de ler. O Ministério da Saúde vem, mais uma vez, tentando maquiar uma realidade

Não posso acreditar no que acabei de ler. O Ministério da Saúde vem, mais uma vez, tentando maquiar uma realidade que é muito mais complexa do que um simples discurso de inclusão. A alegação de que o capacitismo — o preconceito contra pessoas com deficiência — é um dos grandes vilões da saúde física e mental é, no mínimo, redutora e superficial. A verdade é que o discurso do Ministério não apenas ignora as profundezas do que realmente envolve a questão da saúde para pessoas com deficiência, como também disfarça a negligência do próprio governo na criação de políticas públicas efetivas que realmente promovam a igualdade de oportunidades no Brasil.

Dizer que atitudes excludentes e preconceituosas geram estresse, ansiedade e depressão é algo que ninguém discorda, mas é preciso ir além, e este é o ponto em que o Ministério da Saúde falha miseravelmente. O problema não é só o capacitismo. O problema é a falta de ação concreta para mudar essa realidade, o abandono do poder público diante das verdadeiras necessidades das pessoas com deficiência, especialmente quando se trata de serviços de saúde e reabilitação adequados.

Em vez de ficarem jogando a responsabilidade para a sociedade em geral, com uma retórica de empatia e respeito, deveriam primeiro olhar para dentro e se perguntar: “O que o governo tem feito para garantir que as pessoas com deficiência tenham acesso aos cuidados de saúde necessários? O que temos feito para transformar de fato a vida dessas pessoas?” Nada. O que vemos, na realidade, é uma omissão total e uma verdadeira falta de investimentos em políticas públicas eficazes para esse público.

Se realmente fosse preocupação genuína do Ministério da Saúde, a questão da acessibilidade nos hospitais e nas clínicas já teria sido resolvida. Se a inclusão fosse realmente uma prioridade, os cuidados especializados — que são tão urgentes para muitas pessoas com deficiência — seriam algo comum e não uma exceção. O que vemos, ao contrário, são unidades de saúde mal preparadas, com infraestrutura deficiente e sem profissionais capacitados para atender adequadamente essa população.

E o que dizer da falta de informações claras e objetivas para as famílias que têm membros com deficiência? Quantos pais e cuidadores não são deixados à deriva, sem orientação, sem apoio? Quantas pessoas com deficiência não têm a devida assistência para o seu tratamento? O discurso do Ministério, que fala em combater o capacitismo com empatia e respeito, esbarra na dura realidade de um sistema de saúde falido que não se dá ao trabalho de oferecer as condições necessárias para que as pessoas com deficiência possam viver com dignidade.

É impossível falar de saúde de forma ampla sem olhar para as questões estruturais. A verdade é que a inclusão proposta pelo governo muitas vezes não passa de uma utopia. Para que haja uma verdadeira transformação, a mudança precisa vir de dentro do sistema público de saúde. A luta contra o capacitismo deve ser acompanhada de investimentos reais, de uma visão inclusiva e de uma agenda que busque resolver as carências básicas, que são muitas. Não basta condenar atitudes, como o Ministério sugere. É preciso atuar na raiz do problema.

Quando o Ministério fala de “combater o capacitismo para promover uma sociedade mais saudável e inclusiva”, pergunto-me: será que estão falando sério? O que vemos é o contrário. A deficiência não é um problema que se resolve apenas com discursos vazios. A deficiência, para muitas pessoas, é um desafio diário que envolve acesso à saúde de qualidade, à educação, ao transporte, ao emprego, à cultura, e muito mais. Não basta pedir para a sociedade “escolher o respeito”. Isso é um eufemismo que não resolve o que realmente precisa ser feito.

O Ministério da Saúde não pode ignorar a realidade de que muitas pessoas com deficiência, especialmente em áreas periféricas e menos favorecidas do país, não conseguem sequer acessar serviços básicos de saúde, como consultas regulares, tratamentos médicos contínuos ou fisioterapia. São serviços que fazem parte de uma vida digna, mas que para essas pessoas são quase inacessíveis, porque o sistema público de saúde brasileiro, infelizmente, ainda está longe de ser inclusivo, de fato. O que é proposto como uma “solução” parece mais um desvio de foco da verdadeira questão.

E mais: as condições de saúde mental das pessoas com deficiência, que o Ministério tanto menciona, são agravadas não só pelo capacitismo, mas pela falta de estrutura de apoio familiar e governamental, pela desinformação e pela negligência do próprio sistema público de saúde. Esses problemas são profundos e exigem uma abordagem multidimensional e não apenas uma troca superficial de ideias sobre inclusão social e respeito.

Vamos parar com essa falsa narrativa de que combater o capacitismo é o suficiente. O verdadeiro combate se faz no dia a dia, com ações concretas, que envolvem desde políticas públicas de saúde eficientes até mudanças reais na infraestrutura, com a capacitação de profissionais para atender adequadamente pessoas com deficiência. O problema é que o governo parece se contentar em apenas falar sobre esses temas em campanhas de mídia, sem se comprometer com as mudanças estruturais que realmente fazem a diferença.

As palavras do Ministério são bonitas, mas não são práticas. Falam sobre transformar vidas, mas não mostram como isso será feito na prática. Transformar vidas não é um slogan de campanha, é um compromisso com uma estratégia eficaz de inclusão. E o que vemos é a falta dessa estratégia. O povo brasileiro, especialmente as famílias que enfrentam os desafios diários com seus entes que possuem alguma deficiência, precisa de respostas claras e eficazes, e não de discursos vazios.

É hora de a sociedade exigir mais. É hora de exigir do Ministério da Saúde o que de fato é necessário para que as pessoas com deficiência tenham, de fato, um acesso à saúde igualitário e sem obstáculos. O governo precisa parar de colocar a responsabilidade apenas nas costas da sociedade, como se tudo fosse uma questão de atitude individual. O verdadeiro problema está na ausência de políticas públicas que resolvam o problema de forma estrutural e duradoura. Não é só sobre o que as pessoas pensam ou sentem, mas sobre o que o governo faz para garantir que essas pessoas tenham os direitos e serviços que merecem.

O Viva Melhor Home Care entende a profundidade dessa questão, e é exatamente por isso que nos comprometemos em ajudar. Sabemos que as famílias e os pacientes com deficiência enfrentam uma realidade muito difícil, e é nosso dever oferecer soluções práticas e eficazes. Nós não ficamos apenas na retórica, nós agimos. Não somos apenas mais uma voz nesse discurso vazio sobre inclusão, mas uma força ativa no atendimento personalizado, nas soluções de reabilitação domiciliar e no apoio contínuo que essas pessoas realmente precisam. Sabemos o que é necessário para garantir a saúde e o bem-estar daqueles que enfrentam limitações, e nos dedicamos todos os dias a oferecer não apenas cuidados médicos, mas também dignidade e respeito. O que o Ministério da Saúde deveria aprender é que ações falam mais alto que palavras.

As famílias com pessoas com deficiência merecem mais do que slogans de inclusão e empatia. Elas merecem o apoio real que só quem entende de perto as dificuldades dessa jornada pode oferecer. A mudança começa com a ação, e nós, do Viva Melhor Home Care, estamos aqui para garantir que essa mudança aconteça, na vida de cada paciente que nos confia seus cuidados. É hora de exigir mais do governo e de lutar pela verdadeira inclusão.

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