Entenda os diferentes tipos de depressão e como reconhecê-los

Quando falamos sobre depressão, muitas vezes caímos na armadilha de tratar todas as manifestações dessa condição como se fossem iguais,

Divulgação/Freepik

Quando falamos sobre depressão, muitas vezes caímos na armadilha de tratar todas as manifestações dessa condição como se fossem iguais, mas a verdade é que a depressão se apresenta de diversas formas. E reconhecer essas diferentes formas é o primeiro passo para garantir o tratamento adequado. Ao entender os tipos de depressão e como eles se manifestam, você está mais preparado para procurar ajuda, seja para você ou para alguém próximo a você, e tomar as medidas necessárias para melhorar a qualidade de vida.

A depressão é uma condição que afeta a mente, mas suas repercussões vão muito além disso. Ela impacta a maneira como você se sente, como você pensa, como você age e, claro, a forma como você interage com o mundo à sua volta. E o mais importante é que ela pode se manifestar de muitas formas, o que pode tornar o diagnóstico um verdadeiro desafio. Portanto, é vital que você entenda as variações dessa condição, para que consiga identificar sinais precoces e buscar ajuda o mais rápido possível.

Entre os tipos mais comuns de depressão, temos a depressão maior, o transtorno depressivo persistente, o transtorno bipolar e a depressão sazonal, por exemplo. Cada um desses apresenta características específicas, que podem interferir profundamente na vida de quem sofre com eles.

Vamos começar pela depressão maior, também conhecida como transtorno depressivo maior ou depressão clínica. Esse é o tipo mais grave e comum de depressão, no qual os sintomas se tornam incapacitantes. Se você já se sentiu tão triste que parecia não haver mais perspectiva de felicidade ou de realização, talvez você já tenha vivido um episódio de depressão maior, ou depressão grave. Nesse caso, a tristeza vai além de simples desânimo, afetando o seu desejo de se alimentar, de interagir, de fazer coisas que antes traziam prazer. O pior é que, muitas vezes, a sensação de desesperança é tão intensa que até o simples ato de levantar da cama parece um esforço sobre-humano.

Mas o que muita gente não sabe é que, em casos de depressão maior, você não está sozinho. Pelo contrário, muitos podem se sentir assim, sem entender o porquê de estarem se sentindo tão vazios. Os sintomas não se limitam à tristeza. O peso da culpa, a sensação de que nada tem valor, a dificuldade para tomar decisões e a exaustão física e mental podem transformar um simples dia em um desafio monumental. As atividades cotidianas, até mesmo as mais simples, parecem desprovidas de qualquer sentido.

Se você reconhece esses sintomas em sua vida ou em alguém que você ama, é essencial buscar ajuda. A boa notícia é que, com tratamento adequado, como psicoterapia e o uso de antidepressivos, é possível melhorar consideravelmente a qualidade de vida. Claro que, no começo, o caminho pode parecer longo e árduo, mas com o apoio certo, é possível voltar a encontrar a luz no fim do túnel.

Outro tipo comum de depressão é o transtorno depressivo persistente (TDP), também conhecido como distimia. Aqui, o que se observa é uma forma mais crônica de depressão, mas com sintomas menos intensos. Porém, não se engane: mesmo que os sintomas pareçam mais suaves, eles podem persistir por anos e ter um impacto profundo na qualidade de vida da pessoa. O TDP pode fazer com que você se sinta constantemente cansado, sem motivação, sem energia, como se estivesse vivendo um dia atrás do outro sem ver um fim para o ciclo de tristeza. Para quem sofre com TDP, o problema não é um “episódio” de depressão, mas uma presença constante que corrói a energia e o desejo de buscar felicidade.

O tratamento para o transtorno depressivo persistente é semelhante ao da depressão maior, mas o acompanhamento a longo prazo é muitas vezes necessário. Se você está lidando com essa forma de depressão, não desista. A combinação de medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida pode trazer o alívio tão desejado, mas é um processo gradual. Paciente e persistência são palavras-chave aqui.

E se você já passou por altos e baixos extremos de humor, com períodos de euforia e de depressão, o transtorno bipolar pode ser o diagnóstico. O transtorno bipolar, também conhecido como depressão maníaca, é uma condição que causa mudanças extremas no humor, indo de episódios de extrema energia e impulsividade a períodos de profunda tristeza e desesperança. Essas oscilações de humor podem ser extremamente desafiadoras, tanto para quem vive com o transtorno quanto para as pessoas ao redor. Durante os episódios de depressão, a pessoa pode se sentir totalmente impotente, enquanto na fase maníaca pode se envolver em comportamentos arriscados e impulsivos.

Se você tem transtorno bipolar, o tratamento envolve a estabilização do humor, e o acompanhamento médico é essencial. Além do uso de medicamentos estabilizadores de humor, como o lítio, a psicoterapia pode ser muito útil para ajudar a lidar com os episódios de alta e baixa intensidade.

Falando agora sobre o transtorno afetivo sazonal, que pode ser mais comum do que você imagina. Esse tipo de depressão acontece em determinadas épocas do ano, normalmente durante o inverno, quando os dias ficam mais curtos e a luz solar diminui. Para muitas pessoas, essa mudança sazonal afeta diretamente o humor, levando a um quadro depressivo. A falta de luz solar pode interferir nos níveis de serotonina e melatonina, dois hormônios fundamentais para regular o nosso humor e sono. Quem sofre desse tipo de depressão pode ter mais dificuldade em se levantar da cama pela manhã, sentir-se letárgico e, às vezes, até sofrer com a insônia. Para aqueles que sofrem de transtorno afetivo sazonal, a terapia de luz pode ser uma solução bastante eficaz, ajudando a regular os níveis hormonais e promovendo uma sensação de bem-estar.

Por último, a depressão psicótica é um tipo extremamente grave de depressão, onde os sintomas psicóticos se misturam com os sintomas depressivos. Alucinações, delírios e pensamentos paranoicos podem tornar a experiência da pessoa completamente desconectada da realidade. Quem sofre de depressão psicótica precisa de um tratamento imediato e intensivo, que muitas vezes inclui uma combinação de antidepressivos e antipsicóticos. O suporte psicológico também é fundamental nesse caso.

Você, que está lendo isso agora, talvez tenha reconhecido em si mesmo ou em alguém que você ama algum desses sintomas. A boa notícia é que a depressão não é uma sentença de vida. Ela pode ser tratada, e você pode se recuperar. O primeiro passo, como qualquer tratamento, é reconhecer o problema e buscar ajuda. Se você está passando por uma fase difícil, por mais que pareça insuportável agora, saiba que existe ajuda e alternativas. A terapia, a medicação e o apoio emocional de amigos e familiares podem ser a chave para melhorar a sua vida.

Lembre-se de que a depressão não é uma fraqueza, não é uma falha de caráter. Ela é uma doença como qualquer outra, e o mais importante é tratá-la com o devido cuidado. Não há vergonha em buscar ajuda, não há vergonha em querer melhorar. Você merece uma vida plena, e, com o tratamento certo, você pode recuperar sua saúde mental e emocional. Não espere mais. Busque ajuda e comece sua jornada de recuperação hoje.

Com informações WebMD

Inscreva-se, e fique por dentro das últimas descobertas médicas e tendências de assistência médica com o boletim informativo Viva Melhor Home Care.

Ao inscrever-se, concordo com os  e  do Viva Melhor Home Care e entendo que posso cancelar as assinaturas a qualquer momento.

Saiba mais...

plugins premium WordPress