Como o estrogênio afeta seu humor: Impactos na saúde emocional e bem-estar

Você já parou para pensar no impacto que os seus hormônios têm sobre o seu humor e suas emoções? Especialmente

Divulgação/Freepik

Você já parou para pensar no impacto que os seus hormônios têm sobre o seu humor e suas emoções? Especialmente o estrogênio, que é frequentemente abordado quando se fala sobre o ciclo menstrual e questões hormonais femininas. Esse hormônio não só regula aspectos fisiológicos, mas também pode influenciar profundamente o estado emocional de uma mulher, afetando suas reações, sentimentos e, até mesmo, a percepção de si mesma. Hoje, gostaria de explorar com você um pouco mais sobre como o estrogênio pode alterar as suas emoções, trazendo à tona os altos e baixos de humor que você sente, principalmente durante a fase reprodutiva e outras fases da vida, como a menopausa.

Talvez você tenha notado, em alguns momentos da sua vida, que há períodos em que os seus sentimentos parecem se intensificar, ou mesmo oscilar de forma mais acentuada. Isso não é algo incomum. De fato, muitas mulheres vivenciam essas variações emocionais devido à flutuação natural dos níveis de estrogênio. O que é interessante, e ao mesmo tempo um pouco confuso, é que nem todas as mulheres terão as mesmas reações, e isso torna o impacto do estrogênio no humor um campo ainda em aberto na medicina.

Em primeiro lugar, é importante compreender que o estrogênio não é um vilão; ao contrário, ele tem muitos benefícios para o corpo, incluindo a regulação de algumas substâncias químicas essenciais no cérebro. Por exemplo, ele pode aumentar a serotonina, um neurotransmissor que promove a sensação de bem-estar. Além disso, o estrogênio também ajuda na produção de endorfinas, aquelas substâncias que nos fazem sentir felizes e cheias de energia. Contudo, essa regulação não é simples. O estrogênio pode influenciar a forma como seu cérebro processa esses sinais, fazendo com que você se sinta mais emocional em certos momentos ou até mesmo afetando o seu comportamento.

Se você já passou por períodos em que se sentiu extremamente irritada, ansiosa ou até triste em momentos que coincidem com o seu ciclo menstrual, pode estar familiarizada com a chamada síndrome pré-menstrual (TPM). Em uma grande parte das mulheres, os sintomas físicos e emocionais se tornam evidentes antes da menstruação. A TPM é, sem dúvida, um dos efeitos mais comuns da flutuação do estrogênio no corpo feminino. Sintomas como inchaço, sensibilidade nos seios e alterações no humor, como sentir-se irritada ou socialmente retraída, são frequentemente associados a essa fase do ciclo.

Agora, imagine algo ainda mais intenso. Para algumas mulheres, os sintomas da TPM podem se transformar em um quadro mais grave conhecido como transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM). O TDPM é uma forma mais severa da TPM, e seus efeitos podem ser devastadores. Mudanças de humor profundas, sentimentos de tristeza extrema, falta de esperança, e até mesmo irritabilidade excessiva, são sintomas comuns dessa condição, que afeta entre 3% e 9% das mulheres. Essas flutuações hormonais podem tornar o dia a dia quase insuportável, fazendo com que as mulheres que sofrem com isso se sintam fora de controle, com dificuldades para interagir socialmente e com problemas sérios em suas atividades cotidianas.

Você pode se perguntar: como o estrogênio pode estar por trás de tantos sentimentos intensos? A resposta é que, apesar de todos os benefícios do estrogênio no corpo, os seus níveis, quando oscilam com grande intensidade, podem desestabilizar o equilíbrio emocional de uma mulher. Em algumas situações, o estrogênio parece alterar o funcionamento das áreas do cérebro responsáveis pelo controle emocional. Ele pode, em alguns casos, deixar o sistema emocional da mulher mais sensível a essas variações, aumentando a probabilidade de desenvolver esses distúrbios de humor.

Não podemos deixar de mencionar o impacto emocional do estrogênio na fase pós-parto. A queda drástica desse hormônio após o nascimento de um bebê é um dos fatores que contribui para a depressão pós-parto, uma condição que atinge entre 10% e 25% das mulheres nas primeiras semanas ou meses após o parto. Embora os fatores emocionais, psicológicos e sociais também desempenhem um papel importante nesse quadro, a redução abrupta do estrogênio é uma das causas subjacentes dessa depressão, e o tratamento pode envolver desde antidepressivos até terapia de reposição hormonal.

Ainda pensando nas flutuações do estrogênio ao longo da vida de uma mulher, não podemos deixar de considerar a perimenopausa e a menopausa, fases que marcam uma transição na produção hormonal feminina. Durante a perimenopausa, que ocorre nos meses ou anos antes da menopausa, a produção de estrogênio se torna errática. Em algumas mulheres, isso pode gerar sintomas de depressão, que vão desde irritabilidade até tristeza profunda. Para algumas, o uso de adesivos transdérmicos de estrogênio tem mostrado ajudar a aliviar os sintomas dessa fase, embora essa prática ainda não seja amplamente adotada.

E, finalmente, chegamos à menopausa, onde o estrogênio é drasticamente reduzido, e muitos se perguntam como isso pode afetar a saúde mental. Curiosamente, após a menopausa, as taxas de depressão entre as mulheres começam a cair, atingindo níveis semelhantes aos dos homens da mesma faixa etária. Isso pode ser um reflexo do fato de que, após a queda dos níveis de estrogênio, o organismo feminino encontra um novo equilíbrio. No entanto, isso não significa que a menopausa seja uma fase sem desafios, especialmente para aquelas que sentem os efeitos emocionais dessa transição de forma mais intensa.

Agora, quero convidá-la a refletir sobre como você tem sentido essas flutuações hormonais e o impacto delas sobre a sua saúde mental. Você se vê lidando com alterações de humor durante o ciclo menstrual? Você já experimentou os desafios da TPM ou do TDPM? Talvez esteja passando pela perimenopausa e enfrentando mudanças que afetam sua qualidade de vida. Não se preocupe, você não está sozinha. O que está acontecendo com o seu corpo é uma resposta natural, mas que pode ser controlada e tratada. A chave é o autoconhecimento e a busca por soluções que tragam equilíbrio e bem-estar.

Se você está passando por esses desafios emocionais devido aos efeitos do estrogênio, o primeiro passo é conversar com seu médico. Existem muitas opções de tratamento, que podem variar desde mudanças simples no estilo de vida até terapias hormonais mais avançadas. O importante é saber que você tem o poder de tomar as rédeas do seu bem-estar emocional e físico. Não deixe que as flutuações hormonais controlem sua vida, busque ajuda para encontrar o equilíbrio que você merece.

Se você está nessa jornada de autodescoberta, lembre-se de que há recursos e tratamentos disponíveis. Seja para lidar com a TPM, o TDPM, ou até mesmo a menopausa, o suporte está ao seu alcance. Seu corpo merece ser ouvido e tratado com o cuidado e respeito que ele merece. Afinal, a saúde emocional e física andam de mãos dadas, e quando você cuida de uma, a outra floresce também.

Com informações WebMD

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