Câncer de Pâncreas: O desafio do diagnóstico precoce e as chances de sobrevivência que podem mudar vidas

Certamente o cuidado e atenção são palavras que você já conhece bem. Mas quando o assunto é câncer de pâncreas,

Foto: Reprodução, Folha de S.Paulo – A mãe de Juliana recebeu diversos diagnósticos errados antes de ser diagnosticada com câncer de pâncreas – Tércio Teixeira/Folhapress

Certamente o cuidado e atenção são palavras que você já conhece bem. Mas quando o assunto é câncer de pâncreas, o cenário muda de figura. Esse tumor sorrateiro, apelidado de silencioso e letal, carrega consigo o peso de altas taxas de mortalidade. Aqui no Brasil, o Inca (Instituto Nacional de Câncer) estima nada menos que 10.980 novos casos anuais entre 2023 e 2025. O motivo dessa gravidade? A falta de sintomas claros nos estágios iniciais, que torna o diagnóstico precoce um verdadeiro desafio.

Agora, vamos combinar: você sabe que enfrentar um câncer já é uma jornada árdua, mas quando falamos do pâncreas, a situação exige ainda mais estratégia e rapidez. Os números falam por si. Entre 2000 e 2017, o Hospital A.C. Camargo registrou um aumento impressionante de 458,9% nas chances de sobrevida para pacientes tratados lá. Isso só foi possível graças ao diagnóstico precoce, um diferencial que pode mudar tudo.

Mas por que o câncer de pâncreas é tão traiçoeiro? Primeiro, porque o pâncreas desempenha um papel duplo e essencial no nosso organismo. Ele está tanto no sistema digestivo quanto no endócrino, ajudando na digestão dos alimentos e na regulação do metabolismo. Um órgão multitarefas como esse, quando acometido por células malignas descontroladas, não avisa logo de cara que algo está errado. Muitas vezes, os primeiros sinais aparecem tarde demais, reduzindo as chances de sucesso no tratamento.

E aí que entra o grande problema: os sintomas. Diferente de outros tipos de câncer, o de pâncreas não dá aquele alerta imediato. Como bem explica o oncologista Felipe Coimbra, do A.C. Camargo, os estágios iniciais (1 e 2) costumam ser silenciosos. Quando algo aparece, pode ser tarde. Mas fique atento: há pistas que podem fazer toda a diferença, como perda de peso inexplicada, fadiga, diabetes repentino, dor abdominal ou nas costas, pele e olhos amarelados (icterícia), ou até mesmo um histórico familiar de câncer no pâncreas. Já viu como um detalhe pode ser crucial?

Agora, vamos falar a real: pelo SUS (Sistema Único de Saúde), o processo pode ser mais demorado. Entre passar pela UBS (Unidade Básica de Saúde), aguardar consultas especializadas, fazer exames e iniciar o tratamento, os meses se acumulam. Infelizmente, o tempo nem sempre é aliado nesses casos. Em contrapartida, no A.C. Camargo, o intervalo entre o diagnóstico e o início do tratamento pode cair para 72 horas. É uma diferença que chega a ser abismal, concorda?

Se a gente olhar para as estatísticas, o cenário é claro. A sobrevida em casos de diagnóstico no estágio inicial chega a 49,1%. No estágio dois, esse número despenca para 24,1%. E no último estágio, a sobrevivência fica em apenas 2,8%. Parece cruel, mas é a realidade. E é por isso que o foco no diagnóstico precoce é tão vital.

A pergunta que não quer calar: o que pode ser feito? Depende do estágio da doença, claro. O tratamento envolve cirurgia, quimioterapia, radioterapia e, em muitos casos, abordagens multidisciplinares. Grupos de risco, como fumantes, obesos, diabéticos, pessoas com histórico familiar ou pancreatite crônica, precisam redobrar a atenção. Afinal, a prevenção ainda é a melhor arma.

Quer um exemplo real? A Roseli Patierno, aposentada de 67 anos, descobriu o câncer de pâncreas em estágio inicial por conta de um sintoma aparentemente simples: icterícia. No começo, pensaram que fosse hepatite, mas os exames mostraram um estreitamento das vias biliares. No meio desse processo, o tumor foi identificado. Se não fosse o diagnóstico precoce, talvez a cirurgia não fosse sequer uma opção. Agora, ela encara oito sessões de quimioterapia para reduzir o tumor antes do procedimento cirúrgico, que já está agendado. Uma batalha difícil, mas com esperança renovada graças à detecção antecipada.

Foto: Reprodução, Folha de S.Paulo – Roseli Patierno, 67, começou o tratamento contra o câncer de pâncreas em maio deste ano – Rafaela Araújo/Folhapress

Outro caso emblemático é o da Michiko Sato Higuchi, de 78 anos. Assim como Roseli, o primeiro sinal foi a icterícia, acompanhada de alterações na urina e nas fezes. O diagnóstico veio após uma ressonância, e o tratamento incluiu sessões de quimioterapia para reduzir o tumor, seguidas de cirurgia. Hoje, mesmo com parte do pâncreas removida, ela segue em recuperação, usando medicamentos para auxiliar na digestão e se reestruturando. A jornada não foi fácil, mas a força de vontade e o suporte médico fizeram toda a diferença.

E você, já parou para pensar como essa história poderia ser diferente? O diagnóstico precoce não é apenas uma estratégia médica; é uma questão de vida ou morte. Cada exame, cada consulta, cada pequena decisão pode influenciar diretamente no desfecho. Não se trata apenas de números, mas de pessoas, de histórias como as de Roseli e Michiko. E, convenhamos, quem não quer ter mais tempo para escrever novas páginas na própria vida?

Agora, vamos ser francos: ninguém gosta de pensar em câncer, ainda mais em algo tão agressivo como o de pâncreas. Mas fugir do tema não resolve nada. Pelo contrário, o silêncio só alimenta o desconhecimento, e o desconhecimento pode ser fatal. Então, se você está lendo isso agora, encare como um lembrete de que o cuidado com a saúde é um ato de amor, consigo mesmo e com quem está ao seu redor.

No final das contas, o que importa é agir. Identificar fatores de risco, buscar atendimento, fazer exames. O câncer de pâncreas pode ser sorrateiro, mas você não precisa ser pego de surpresa. Esteja um passo à frente. Se houver suspeita, não hesite. E se não houver, mantenha os exames em dia. Como dizem por aí, prevenir é sempre melhor do que remediar.

E lembra quando falamos sobre cuidar e dar atenção? Isso vale para tudo na vida, mas quando se trata da saúde, é algo que não dá para adiar. Afinal, enquanto você cuida de quem ama, quem está cuidando de você? O Viva Melhor Home Care está aqui para lembrar que você não precisa enfrentar essa jornada sozinho. Sejamos vigilantes, atentos e, acima de tudo, comprometidos com nossa qualidade de vida.

Com informações Folha de S.Paulo

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