Fumar é um dos maiores responsáveis por mortes evitáveis, contribuindo diretamente para cerca de 3 em cada 10 mortes por câncer nos Estados Unidos. Entre as vítimas, 80% das pessoas que morrem de câncer de pulmão tinham histórico de uso de tabaco. Isso não é coincidência. A fumaça do cigarro é uma mistura mortal de toxinas que prejudicam quase todos os sistemas do corpo e podem causar câncer em diversas áreas, além do pulmão.
Os números falam por si. Os químicos presentes na fumaça do cigarro são conhecidos por desencadear mutações celulares que levam ao crescimento descontrolado de tumores. Entre os mais de 7.000 produtos químicos encontrados na fumaça do tabaco, pelo menos 70 são cancerígenos comprovados. Isso significa que, ao fumar, você está voluntariamente expondo seu corpo a substâncias como arsênio, mercúrio e polônio-20 radioativo – um coquetel mortal que pode alterar seu DNA e comprometer a habilidade de suas células de funcionar normalmente.
Além do câncer de pulmão, os danos do cigarro não se limitam a um único órgão ou região do corpo. O tabagismo é identificado como uma das principais causas para 12 tipos de câncer, incluindo:
- Câncer de pulmão, traqueia e brônquios;
- Câncer de orofaringe, que afeta a parte posterior da boca e garganta;
- Câncer de esôfago, o tubo que conecta a garganta ao estômago;
- Câncer de laringe, a conhecida “caixa vocal”;
- Câncer colorretal, abrangendo cólon e reto;
- Câncer de fígado;
- Câncer de estômago;
- Câncer de bexiga;
- Leucemia mieloide aguda, que afeta o sangue e a medula óssea;
- Câncer de pâncreas;
- Câncer de rim e ureter;
- Câncer de colo do útero.
Cada um desses tipos de câncer está diretamente relacionado à exposição à fumaça do cigarro ou ao uso de produtos de tabaco sem fumaça. Mesmo o contato indireto, como o fumo passivo, aumenta o risco de câncer. Pessoas expostas à fumaça de segunda mão têm até 30% mais chance de desenvolver câncer de pulmão em comparação com quem nunca esteve nessa situação.
Os mecanismos que levam ao desenvolvimento do câncer são claros. Os cancerígenos presentes no tabaco danificam o DNA das células, levando ao crescimento desordenado e anormal. Esse crescimento pode invadir tecidos saudáveis e se espalhar pelo corpo através de metástases. Mais alarmante ainda, as toxinas do fumo enfraquecem o sistema imunológico, dificultando que o corpo combata essas células anormais.
Você pode acreditar que produtos como tabaco de mascar ou inaladores são alternativas mais seguras, mas isso é um mito perigoso. Esses produtos também contêm substâncias cancerígenas e podem desencadear problemas semelhantes aos causados pelo cigarro.
Outro ponto crucial é que não existe uma “quantidade segura” de tabaco. Mesmo exposições breves à fumaça aumentam os riscos significativamente. Quanto maior o consumo, maiores são os perigos, mas o inverso também é verdadeiro: reduzir ou cessar o uso de tabaco pode diminuir drasticamente os riscos associados ao câncer.
Se você busca razões para parar de fumar, os benefícios começam a aparecer rapidamente após a última tragada. Cinco anos após abandonar o cigarro, as chances de desenvolver câncer de boca, garganta, esôfago e bexiga caem pela metade. No caso do câncer cervical, o risco diminui ao nível de quem nunca fumou. Já após 20 anos sem fumar, o risco de desenvolver cânceres de boca, garganta, cordas vocais ou pâncreas é equivalente ao de um não fumante.
Esses dados evidenciam que o esforço de abandonar o cigarro vale a pena, não apenas para prolongar sua vida, mas para garantir qualidade a ela. Parar de fumar é uma das escolhas mais impactantes que você pode fazer para a sua saúde e para reduzir drasticamente os riscos de desenvolver um dos 12 tipos de câncer associados ao tabagismo.
A decisão de parar está em suas mãos. Cada cigarro a menos representa um passo em direção à saúde e à prevenção de doenças fatais. É hora de dar esse passo.
Com informações WebMD
