Alergias: Como identificar, prevenir e controlar para uma vida mais saudável

Você já parou para pensar como o seu corpo, esse incrível sistema de defesa, às vezes pode reagir de maneira

Você já parou para pensar como o seu corpo, esse incrível sistema de defesa, às vezes pode reagir de maneira exagerada a substâncias que, para a maioria das pessoas, são inofensivas? Pois é, estamos falando das alergias, essas respostas inesperadas do nosso sistema imunológico que podem transformar situações cotidianas em verdadeiros desafios.

Imagine que você está caminhando em um parque durante a primavera, apreciando o florescer das árvores. De repente, começa a espirrar sem parar, seus olhos lacrimejam e o nariz parece uma torneira aberta. Ou então, ao saborear aquele camarão suculento, sente uma coceira na boca seguida de inchaço nos lábios. Esses são exemplos clássicos de reações alérgicas, onde o corpo interpreta substâncias comuns, como pólen ou certos alimentos, como ameaças e entra em estado de alerta máximo.

As alergias são mais comuns do que se imagina. Nos Estados Unidos, por exemplo, quase 18 milhões de adultos sofrem de febre do feno, também conhecida como rinite alérgica. E não são apenas os adultos que enfrentam esse problema; pelo menos 1 em cada 4 crianças americanas também lida com algum tipo de alergia. Esses números impressionantes fazem das alergias a sexta principal causa de doenças crônicas no país, gerando custos superiores a 18 bilhões de dólares por ano.

Mas o que exatamente acontece no nosso corpo durante uma reação alérgica? Tudo começa quando entramos em contato com um alérgeno – aquela substância que, para outros, pode ser inofensiva, mas que para nós é vista como uma ameaça. Nosso sistema imunológico, sempre vigilante, produz anticorpos chamados imunoglobulina E (IgE). Esses anticorpos se ligam aos alérgenos e desencadeiam a liberação de histaminas e outros químicos no sangue, causando sintomas que podem variar desde uma simples coceira até problemas mais sérios, como dificuldades respiratórias.

Os alérgenos mais comuns incluem:

  • Alérgenos transportados pelo ar: como pólen, pelos de animais, ácaros e mofo.
  • Certos alimentos: como amendoim, nozes, mariscos, ovos e laticínios.
  • Picadas de insetos: especialmente de abelhas e vespas.
  • Medicamentos: alguns antibióticos e anti-inflamatórios, por exemplo.
  • Látex: presente em luvas e outros materiais médicos.

Os sintomas de uma alergia podem variar dependendo do tipo de alérgeno e da forma como entramos em contato com ele. Por exemplo, se você inalar pólen, pode experimentar espirros, coceira no nariz e olhos lacrimejantes. Já uma alergia alimentar pode causar formigamento na boca, inchaço dos lábios, língua ou garganta, além de sintomas gastrointestinais como cólicas, vômitos ou diarreia.

Agora, é importante destacar que algumas reações alérgicas podem ser extremamente graves, levando a uma condição chamada anafilaxia. A anafilaxia é uma reação de corpo inteiro que pode ser fatal se não tratada imediatamente. Os sinais incluem:

  • Urticária e coceira por todo o corpo.
  • Chiado ou falta de ar.
  • Rouquidão ou aperto na garganta.
  • Inchaço do rosto, pálpebras, lábios, língua ou garganta.
  • Formigamento nas mãos, pés, lábios ou couro cabeludo.

Se você ou alguém ao seu redor apresentar esses sintomas, é crucial procurar ajuda médica imediatamente. Pessoas com histórico de anafilaxia geralmente carregam consigo um autoinjetor de epinefrina (adrenalina) para uso emergencial.

Mas como saber ao certo a que somos alérgicos? Existem diversos testes que ajudam a identificar os alérgenos específicos que desencadeiam nossas reações. Os mais comuns são:

  • Teste de picada ou arranhão na pele: pequenas quantidades de alérgenos são colocadas na pele para observar se há reação.
  • Teste cutâneo intradérmico: alérgenos são injetados na camada externa da pele para verificar reações.
  • Teste de patch: utilizado para identificar dermatite de contato; alérgenos são aplicados na pele e cobertos por um curativo por alguns dias.
  • Exame de sangue: mede os níveis de anticorpos IgE específicos no sangue.
  • Teste de desafio: realizado sob supervisão médica, onde o paciente ingere pequenas quantidades do alérgeno suspeito para monitorar reações.

Preparar-se para esses testes é fundamental. Geralmente, é necessário interromper o uso de medicamentos para alergia de 3 a 7 dias antes, pois eles podem interferir nos resultados.

Você sabia que a alimentação também pode influenciar nas alergias? Não há uma cura definitiva para as alergias através da dieta, mas alguns alimentos podem ajudar a aliviar os sintomas. Por exemplo, alimentos ricos em ácidos graxos ômega-3, como salmão, linhaça e nozes, possuem propriedades anti-inflamatórias que podem reduzir a intensidade das reações alérgicas. Além disso, estudos sugerem que seguir uma dieta mediterrânea, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e azeite de oliva, pode estar associada a uma menor incidência de alergias.

Gerenciar as alergias pode parecer desafiador, mas com algumas medidas é possível melhorar significativamente a qualidade de vida:

  • Evite os alérgenos conhecidos: identifique e minimize a exposição às substâncias que desencadeiam suas alergias.
  • Use medicamentos para alergia: anti-histamínicos, descongestionantes e corticosteroides podem ajudar a controlar os sintomas.
  • Considere a imunoterapia: conhecida como “injeções para alergia”, essa terapia visa reduzir a sensibilidade do sistema imunológico aos alérgenos ao longo do tempo.

Lembre-se, cada pessoa é única e o que funciona para um pode não funcionar para outro. Portanto, é essencial consultar um profissional de saúde para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado às suas necessidades.

Em suma, as alergias são respostas do nosso sistema imunológico a substâncias que, para a maioria, são inofensivas. Embora possam variar de leves a potencialmente fatais, com o conhecimento adequado e medidas preventivas, é possível conviver com elas de maneira saudável e equilibrada. Esteja atento aos sinais do seu corpo, busque orientação médica e adote hábitos que promovam o bem-estar. Afinal, viver melhor é possível, mesmo com alergias.

Com informações WebMD

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