Diagnóstico do Transtorno Bipolar: Como identificar sintomas e buscar ajuda

Falar sobre transtorno bipolar é mergulhar em um mundo onde os extremos emocionais são protagonistas e, por vezes, confundidos com

Divulgação/Freepik

Falar sobre transtorno bipolar é mergulhar em um mundo onde os extremos emocionais são protagonistas e, por vezes, confundidos com outros distúrbios mentais. Antigamente, quem vivia com essas oscilações de humor frequentemente era diagnosticado erroneamente com depressão unipolar ou até mesmo com esquizofrenia. Felizmente, avançamos bastante na compreensão dessas condições, e hoje os médicos conseguem identificar com mais precisão os sinais de depressão bipolar, hipomania e mania, proporcionando tratamentos mais eficazes e seguros.

Curiosamente, ao contrário do que muitos imaginam, não existe um exame de sangue mágico ou uma ressonância magnética que entregue o diagnóstico de bandeja. Aqui, a ferramenta mais poderosa é algo bem mais simples (e complexa ao mesmo tempo): a conversa franca e aberta com um profissional de saúde. Relatar suas oscilações de humor, comportamentos e hábitos de vida é fundamental para que o médico monte o quebra-cabeça que leva ao diagnóstico correto.

Para se chegar a esse diagnóstico, o psiquiatra segue um roteiro minucioso, analisando não apenas os sintomas, mas também a intensidade, a duração e a frequência dos episódios. Não basta ter um “dia ruim” ou uma explosão de energia momentânea. O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) estabelece critérios específicos que guiam os profissionais a diferenciar o transtorno bipolar de outros problemas de saúde mental.

Um detalhe interessante é que o médico também vai investigar seu histórico familiar. Embora nem todo mundo com transtorno bipolar tenha parentes com a condição, há uma influência genética que não pode ser ignorada. Além disso, ele fará perguntas detalhadas sobre seu raciocínio, memória, habilidades sociais e como você lida com relações interpessoais.

Porém, como tudo em saúde mental, a linha entre um transtorno e outro é tão sutil que às vezes até os profissionais mais experientes ficam em dúvida. Várias outras condições podem imitar os sintomas do transtorno bipolar, como transtornos por uso de substâncias, transtorno de personalidade borderline, TDAH e até mesmo psicose. Para complicar ainda mais, doenças físicas como hipotireoidismo, lúpus e algumas infecções também podem apresentar sintomas que se assemelham à bipolaridade.

E não para por aí! Certos medicamentos, como os esteroides usados para tratar inflamações, também podem provocar alterações de humor dramáticas. Por isso, é crucial compartilhar com o médico todos os remédios que você está tomando, inclusive suplementos alimentares. Nada de guardar segredo!

Antes de sair correndo para marcar uma consulta, vale a pena se preparar. Anote seus sintomas detalhadamente: como está seu humor, seu sono, sua energia e qualquer comportamento incomum. Trazer um histórico familiar também é uma jogada inteligente, já que esse detalhe pode ser crucial para confirmar o diagnóstico. Ah, e leve um acompanhante! Muitas vezes, um cônjuge, familiar ou amigo próximo percebe coisas que você mesmo nem nota.

Outro ponto importante é estar preparado para perguntas detalhadas sobre sua vida. Como anda seu estresse? Sua relação com o trabalho? Algum trauma recente? E não esqueça de mencionar se você usa álcool ou outras substâncias, já que isso pode confundir (e muito!) o diagnóstico.

Durante a avaliação, o médico pode pedir para você preencher questionários de humor ou listas de sintomas. Em alguns casos, exames de sangue e urina são solicitados para descartar outras causas médicas. Embora exames de imagem, como a ressonância magnética, não sejam usados para confirmar o transtorno bipolar, eles podem ajudar a excluir doenças neurológicas que possam estar por trás das alterações de humor.

Curiosamente, há pesquisas em andamento para investigar se tecnologias como o eletroencefalograma (EEG) podem detectar diferenças entre o transtorno bipolar e outros distúrbios. Porém, por enquanto, o diagnóstico ainda é feito com base em uma avaliação clínica detalhada e, claro, muita conversa.

Se você desconfia que um ente querido tem transtorno bipolar, aborde o assunto com empatia. Sugira uma consulta médica e, se possível, acompanhe-o. Levar anotações com sintomas e comportamentos observados ajuda muito no processo. Seja específico ao descrever episódios de depressão, hipomania ou mania. Não esqueça de mencionar mudanças bruscas de humor, especialmente aquelas acompanhadas por raiva, euforia ou paranoia.

Finalmente, lembrar que um diagnóstico de transtorno bipolar não é uma sentença definitiva. Com o tratamento adequado, que geralmente inclui medicação e terapia, é possível levar uma vida equilibrada e produtiva. O primeiro passo é buscar ajuda qualificada e não ter medo de falar abertamente sobre o que você está sentindo. Afinal, compreender o próprio funcionamento emocional é uma das formas mais poderosas de viver melhor.

Com informações WebMD

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