Transtorno Bipolar: Conheça os riscos, causas e fatores desencadeantes

Ah, o transtorno bipolar! Talvez você já tenha ouvido falar dele como “depressão maníaca”, aquele termo meio antiquado, mas que

Divulgação/Freepik

Ah, o transtorno bipolar! Talvez você já tenha ouvido falar dele como “depressão maníaca”, aquele termo meio antiquado, mas que ainda ilustra bem o vaivém emocional característico dessa condição. Em um momento, você se sente no topo do mundo, cheio de energia, ideias revolucionárias e pronto para conquistar qualquer coisa; no outro, parece que uma nuvem cinza e pesada estacionou bem em cima da sua cabeça, drenando cada pingo de ânimo. E sim, há pessoas vivendo exatamente esse ciclo – e não são poucas!

Imagine só: mais de 10 milhões de americanos convivem com o transtorno bipolar, e a condição não faz distinção. Homens, mulheres, ricos, pobres, de qualquer cor ou credo – todos estão no mesmo barco quando se trata desse transtorno. Mas o que realmente causa essa montanha-russa emocional? Ah, se a ciência já tivesse essa resposta de bandeja, hein? Mas, por enquanto, o que sabemos é que a origem do transtorno bipolar envolve uma bela mistura de genética, ambiente e, claro, um toque de mistério cerebral.

Vamos começar pela genética. Sim, se você tem um parente próximo com transtorno bipolar, suas chances de também desenvolvê-lo aumentam – especialmente se esse parente for um dos seus pais. Filhos de pais bipolares têm entre 10% e 50% de probabilidade de também apresentarem o transtorno. Agora, se for um irmão gêmeo idêntico, a chance varia de 40% a 70%. E aqui está o detalhe interessante: mesmo com gêmeos que compartilham o mesmo DNA, nem sempre ambos desenvolvem a condição. Ou seja, não é só culpa dos genes – outros fatores entram em cena para bagunçar (ou não) a química do cérebro.

Falando em bagunça, você sabia que fatores ambientais também desempenham um papel importante? Eventos estressantes, traumas emocionais, abuso de substâncias (olha aí, álcool e drogas entrando na roda) e até mesmo a falta de sono podem funcionar como gatilhos para o aparecimento dos sintomas. Não é à toa que muitas pessoas são diagnosticadas logo após passarem por situações de forte impacto emocional, como a perda de um ente querido ou mudanças drásticas na vida, como começar um novo emprego ou se mudar para uma cidade distante.

E não para por aí! Existe ainda a questão do ciclo rápido, que é quando uma pessoa apresenta quatro ou mais episódios distintos de mania, depressão ou características mistas em um único ano. Esse padrão parece ter uma quedinha especial pelas mulheres, que, por sinal, também costumam enfrentar mais episódios depressivos do que os homens. Já os homens, esses geralmente dão o pontapé inicial no transtorno com um episódio maníaco – aquela fase em que a pessoa se sente invencível, cheia de energia, fala pelos cotovelos e, em alguns casos, perde as rédeas do comportamento.

A mania bipolar é, no mínimo, intrigante. Imagine sentir-se com energia ilimitada, como se você pudesse resolver todos os problemas do mundo em um único dia. Parece ótimo, né? Mas não é bem assim. Essa euforia vem acompanhada de sintomas como fala acelerada, impulsividade, comportamento imprudente (alguém aí já ouviu histórias de gastos excessivos ou infidelidade em momentos assim?) e uma sensação surreal de grandiosidade. O problema é que essa “lua de mel” emocional costuma cobrar seu preço – e ele vem em forma de exaustão, colapsos emocionais e, claro, as consequências práticas de tantas decisões impensadas.

E quando a maré vira, vem a depressão bipolar. Aqui, a pessoa mergulha em um estado prolongado de tristeza profunda, desânimo e, em casos mais graves, pensamentos de morte ou suicídio. A vida perde a cor, o mundo parece pesado, e até as tarefas mais simples viram desafios monumentais. E o mais curioso? Em alguns casos, os sintomas maníacos e depressivos podem se misturar, gerando episódios com características mistas – um verdadeiro coquetel emocional explosivo.

Mas, afinal, quem corre mais risco? Embora qualquer pessoa possa desenvolver o transtorno bipolar, há alguns grupos que parecem estar mais vulneráveis. Mulheres, por exemplo, apresentam maior tendência ao ciclo rápido e aos episódios de estado misto. A condição geralmente dá as caras por volta dos 25 anos, mas isso não é uma regra fixa – há relatos de diagnósticos desde a infância até a velhice. E, claro, se você já tem histórico familiar de transtornos de humor, suas chances aumentam consideravelmente.

Os hábitos de vida também não ficam de fora dessa equação. A privação de sono, por exemplo, pode ser um gatilho poderoso para desencadear episódios de mania. E cuidado com os antidepressivos – quando usados isoladamente em pessoas com tendência bipolar, eles podem virar a chave para um estado maníaco. E aí, somando-se a isso o abuso de álcool e drogas, temos a receita perfeita para um ciclo de instabilidade emocional.

Vale destacar que a relação entre o estresse ambiental e o transtorno bipolar é um tanto complexa. O estresse, por si só, não causa o transtorno – assim como o pólen não causa alergias, mas pode desencadear sintomas em pessoas predispostas. Ou seja, se você já tem uma vulnerabilidade biológica ao transtorno bipolar, situações estressantes podem funcionar como um estopim. Por isso, desenvolver estratégias eficazes de gerenciamento do estresse é fundamental para quem vive com essa condição.

E se você está se perguntando: “Existe uma cura para o transtorno bipolar?”, a resposta direta é não – pelo menos, não ainda. Mas a boa notícia é que há diversos tratamentos eficazes que ajudam a controlar os sintomas e a melhorar a qualidade de vida. Medicamentos estabilizadores de humor, terapia cognitivo-comportamental e ajustes no estilo de vida (como manter uma rotina de sono regular) são aliados poderosos no manejo do transtorno.

O importante mesmo é entender que o transtorno bipolar não define ninguém. É uma condição séria, claro, mas com o suporte adequado – seja de profissionais de saúde, familiares ou amigos – é perfeitamente possível levar uma vida plena e produtiva. E se você, ou alguém próximo, estiver passando por isso, nunca hesite em buscar ajuda. Afinal, cuidar da saúde mental é um ato de coragem – e de amor próprio.

Com informações WebMD

Inscreva-se, e fique por dentro das últimas descobertas médicas e tendências de assistência médica com o boletim informativo Viva Melhor Home Care.

Ao inscrever-se, concordo com os  e  do Viva Melhor Home Care e entendo que posso cancelar as assinaturas a qualquer momento.

Saiba mais...

plugins premium WordPress